Servidores públicos de Juazeiro do Norte aprovam deflagração de greve geral

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Com informações da Agência Miséria

Em assembleia geral realizada no final da manhã desta quinta-feira (29), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun) aprovou a deflagração de greve geral do funcionalismo público da cidade. De acordo com o sindicato, a ação faz parte da campanha salarial 2024, a fim de conseguir junto ao governo municipal percentual de incremento acima daqueles hoje pontuados pela administração.

A reunião, que ocorreu na praça dos Ourives, reuniu grande número de servidores, já que para esta data a entidade de classe também já havia convocado um ato de paralisação. Indica-se que a aprovação da deflagração de greve vem um dia após o sindicato, e a gestão do prefeito Glêdson Bezerra (Podemos), terão se reunido para debater os percentuais de recomposição salarial para o período 2024.

Pontua-se que, durante a assembleia, ficou estabelecido que a partir deste momento haverá o início dos trâmites burocráticos necessários ao começo efetivo da paralisação. Segundo a legislação, o sindicato precisa comunicar oficialmente ao poder executivo sobre a definição, já o começo concreto da greve somente pode ocorrer 72 horas após a comprovação de tal notificação.

No final do ato da entidade de classe ficou pactuado que o indicativo é que a greve tenha seu começo no próximo dia 8 de março, para tal será organizado um ato na Praça Dirceu de Figueiredo, local que abriga o prédio sede do executivo municipal.

Pontua-se que na reunião realizada ontem (28) o município apresentou como proposta de reajuste os seguintes percentuais: 3,62% para o magistério e 4,62% para os demais servidores, funcionários que ganham um salário mínimo não teriam incremento adicional. Destaca-se que o sindicato negou a proposta e argumenta pelos seguintes valores: 7,65% para o magistério e 12% os demais profissionais.

Evidencia-se que a gestão encabeçada pelo prefeito Glêdson Bezerra vem alegando impossibilidade de conceder recomposições acima das que foram ofertadas. Segundo a administração, o município precisa prezar pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que define um limite para gasto com pessoal. Dados divulgados pelo governo dão conta que hoje esse gasto representa 53,78% da arrecadação municipal, e o limite é 54%.

Apesar do processo de deflagração de greve, a perspectiva é que novas reuniões entre as partes sejam realizadas ao longo dos próximos dias, a fim de encontrar termos salutares aos campos em atuação.
 

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