Tempo integral cresce 18% no CE e Estado mantém liderança no Ensino Fundamental

Foto: Helene Santos/SVM

Com informações do Diário do Nordeste

O Ceará teve aumento de 18% nas matrículas em escolas de tempo integral na rede pública de ensino entre 2022 e 2023, de acordo com o Censo Escolar 2023, divulgado em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22). A pesquisa estatística, que aborda as diversas etapas e modalidades da educação básica e profissional, também mostrou que o Estado manteve a liderança dessa modalidade no Ensino Fundamental.

Conforme os dados do Censo, em 2022, o Ceará somou 542.620 matrículas em tempo integral; já no ano passado, o número cresceu para 641.641. Por outro lado, o levantamento atestou recuo de 13% no ensino parcial (de apenas um turno): passou de 981.223 para 844.879, entre os dois anos.

O maior incremento no tempo integral ocorreu nos Anos Finais do Ensino Fundamental, com 47.343 novas matrículas, seguido pelos Anos Iniciais da mesma etapa, com 29.734. Ambos são de responsabilidade dos municípios. Já o Ensino Médio, ofertado pela rede estadual, alcançou mais 20.264 jovens - mantendo o Estado na 3ª colocação nacional, atrás apenas de Pernambuco e Paraíba.

DUÇÃO NO ENSINO INFANTIL
Ao contrário do aumento da adesão vista nos Ensinos Fundamental e Médio, a Educação Infantil pública cearense vivenciou uma redução de cerca de 6 mil matrículas, principalmente no tempo parcial, passando de 327.157 para 321.977.

O maior impacto foi na etapa creche, que enfrentou redução de 149.607 para 141.856. Por outro lado, a pré-escola, que atende a crianças de 4 e 5 anos, aumentou de 177.550 para 180.121, descontando um pouco do cenário geral.

Conforme o diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Carlos Eduardo Moreno, a redução na Educação Infantil tem relação com o aumento de matrículas das crianças na rede particular.

“A rede privada sofreu fortemente durante a pandemia e vem recuperando esse posicionamento. A creche também foi a etapa que mais sofreu na pandemia com a queda bastante expressiva da matrícula em função da não continuidade do processo nessa etapa de ensino”, explica.

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