Foto: Lucas Vieira/Agência Miséria |
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte solicitou ao prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) o afastamento do secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania (Sesp), Cláudio Luz. De acordo com a Agência Miséria, com apenas três votos contrários, o plenário aprovou o pedido de afastamento do gestor, que foi alvo de denúncia por suposto abuso de autoridade.
O requerimento foi apresentado pelo vereador Márcio Joias (PRD), que está no centro de uma polêmica ocorrida nessa segunda-feira (23). Cláudio e Márcio protagonizaram uma discussão acalorada durante uma fiscalização da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (Amaju) a um loteamento às margens do Rio Salgadinho.
No local, máquinas de uma empresa do vereador estariam realizando serviços. Márcio alega que não foi informado pelo loteador sobre a existência de irregularidades e que o maquinário estava parado. Como justificativa para o pedido de afastamento, Márcio apontou abuso de autoridade por parte do secretário.
“Fiz a solicitação de afastamento por ele não utilizar da sua função, mas sim da função que não compete a ele, chegando lá intimidando e ameaçando os funcionários que ali trabalhavam. Não é competência da secretaria dele. Não é a primeira vez que ele vem com abuso de autoridade”, disse o vereador.
Na Câmara, uma solicitação de afastamento preventivo do secretário foi colocada em votação. Com oposição majoritária, o encaminhamento foi aprovado com ampla maioria na Casa. Foram apenas três vereadores contrários: Rafael Cearense (Podemos), Edinaldo Moura (PL) e Jacqueline Gouveia (PT).
Outros três encaminhamentos contra o secretário também foram deliberados. “Foram encaminhamentos à Polícia Civil, ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao prefeito para que o secretário seja afastado de forma preventiva até a conclusão das investigações”, explicou o presidente Capitão Vieira Neto (MDB).
Cláudio Luz, por sua vez, nega as acusações. Ele assegura que a fiscalização foi realizada dentro da legalidade. “Eu tenho absoluta competência para acompanhar a equipe da Amaju. […] Não fui autoritário com ninguém. Fiz meu papel dentro da legalidade”, esclarece.
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