"Esperamos que a Enel possa alterar seu comportamento ou ela efetivamente não permanece no Estado do Ceará". A frase é do governador Elmano de Freitas (PT), ao ser questionado durante um evento na manhã desta quarta-feira (17). A afirmação tem relação com o detalhamento sobre a reunião que ele realizou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na terça-feira (16) em Brasília (DF), onde foi apresentado um dossiê sobre os serviços da Enel no Estado.
O documento apresentado ao Governo Federal é uma espécie de prévia do relatório que está sendo elaborado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) que investiga a atuação da empresa de energia no Ceará. Além disso, um relatório também será produzido pela Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce), com o intuito de apresentar a qualidade dos serviços prestados pela concessionária ao Ministério de Minas e Energia (MME).
Ainda segundo Elmano, o documento trará “a real situação do trabalho que a Enel tem feito no Estado do Ceará, que deixa muita desejar e tem um sentimento de revolta do povo do Ceará como o serviço que hoje é prestado”.
O governador explicou que o combinado na reunião foi o Ceará apresentar os relatórios e, após alguns dias, o MME deve tomar medidas quanto ao sistema de distribuição de energia no País inteiro. “Mas também se comprometeu de que a partir daquilo que vamos apresentar tem a postura semelhante à que ele fez com a Enel em São Paulo. Portanto, assim, nós esperamos que a Enel possa alterar seu comportamento ou ela efetivamente não permanecer no estado do Ceará.”
A reportagem questionou ao Governo do Estado do Ceará se haveria um tempo previsto para a empresa de energia melhorar os serviços e se, caso isso não seja cumprido, se é estudado o distrato do contrato de concessão que tem validade até 2028. Porém, até o fechamento do texto não houve retorno. Assim que as respostas forem enviadas, essa matéria será atualizada.
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