Foto: Eduardo Paiva/TV Globo |
No Brasil, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever uma carta simples – o equivalente a 7% da população nessa faixa etária. No Ceará, porém, esta porcentagem é o dobro: 14,1% dos cearenses com 15 anos ou mais, cerca de 987 mil pessoas, não sabem ler nem escrever, a quinta maior taxa de analfabetismo do país.
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base nos dados colhidos no Censo Demográfico 2022.
Em 2022, conforme os números do instituto, 85,9% dos cearenses com 15 anos ou mais sabiam ler e escrever. Os resultados do censo mostram que, nos últimos 30 anos, o Ceará vem registrando um aumento progressivo das taxas de alfabetização em todas as faixas etárias.
Em 1991, 62% da população cearense sabia ler. Em 2000, 73,5% sabia ler. Em 2010, a taxa de alfabetização foi de 81,2% da população.
Apesar da melhoria no quadro, a taxa de analfabetismo do Ceará só é menor que os seguintes estados:
Alagoas: 17,7%
Piauí: 17,2%
Paraíba: 16,0%
Maranhão: 15%
Ceará: 14,1%
O censo mostra que há uma discrepância nas taxas de alfabetização conforme a faixa etária. Entre os cearenses de 15 a 19 anos, a taxa de analfabetismo é de 1,9%. Já entre os cearenses de 65 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é 39,7%.
A situação é semelhante quando se faz o recorte por cor ou raça. No Ceará, a taxa de analfabetismo de amarelos com 15 anos ou mais é 7%. Entre brancos, a taxa é de 11,2%. Já entre pretos e pardos nessa mesma faixa etária, a taxa é de 20,8%, 14,6% e 17,0%, respectivamente, ou seja, acima da média geral do estado, de 14,1%.
Com informações do G1 CE
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