Jovem é dada como morta em acidente de trânsito, mas família questiona a causa da morte, no Crato

Foto: Reprodução

Na última segunda-feira (10), a estudante Robéria Caetano de Moura, de 18 anos, foi dada como morta após um acidente de trânsito no município do Crato. O veículo era conduzido por um homem com quem a jovem tinha tido um encontro. Momentos antes do acidente, os dois tinham ido a um motel.

Desde então, a família de Robéria tem levantado dúvidas sobre a verdadeira causa da morte após um laudo preliminar não apontar hematomas no corpo da jovem compatíveis com um acidente de trânsito.

O acidente ocorreu por volta das 9 horas da manhã na avenida Duque de Caxias e foi registrado por câmeras de segurança. O veículo, modelo Chevrolet D-20, cruzou de repente a faixa de pedestres, entrou na contramão, bateu em outro carro e se chocou com um muro, que permaneceu intacto.

Pouco depois, o motorista da D-20 desce do carro, fala com o condutor do veículo atingido e na sequência vai para a porta do assento de passageiros, de onde retira Robéria já desfalecida e põe a jovem na calçada. O SAMU foi acionado para atender a ocorrência e constatou a morte de Robéria.

À Polícia Civil, o motorista da D-20, identificado como Ivanildo, afirmou que faltou freio ao veículo na descida da avenida Duque de Caxias, por isso ele perdeu o controle do carro e bateu. Neste momento, Robéria, que estaria com cinto de segurança, teria quebrado o pescoço e morrido, segundo Ivanildo.

A família da vítima, no entanto, questiona esta versão. Ainda na tarde de segunda-feira, familiares receberam um laudo preliminar da Perícia Forense do Ceará, que apontou que no corpo de Robéria não havia hematomas ou outras lesões compatíveis com um acidente de trânsito. Por isso, a causa da morte foi dada como inconclusiva.

À TV Verdes Mares, a família de Robéria revelou que a jovem já havia tido um encontro com o motorista da D-20 uma semana antes do acidente. O homem faz um serviço de transporte alternativo de passageiros entre a zona rural do Crato e o centro do município.

Antes do acidente
Na manhã da segunda-feira do acidente, dia 10 de junho, Robéria e suas irmãs, que moram na zona rural do Crato, embarcaram em uma viagem com o motorista. Ao chegar no centro do município, porém, o condutor teria convidado a jovem para sair novamente, e os dois foram a um motel.

Uma equipe da TV Verdes Mares esteve no motel indicado e os proprietários confirmaram que Robéria e Ivanildo estiveram lá na manhã da segunda-feira, pouco antes do acidente. Diante do laudo preliminar inconclusivo e o encontro anterior da jovem com o motorista, a família acredita que ela não morreu no acidente, e sim em outra circunstância.

"A gente não está acusando ninguém, a gente quer uma resposta", afirmou Maria Marluce, irmã de Robéria. "Dói, todo momento dói, mas dói mais ainda não saber o porquê, qual foi o real motivo, o que causou [a morte]", disse.

Com informações do G1 CE

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