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| Foto: Divulgação/TRE |
A icônica frase do ex-governador Gonzaga Mota, proferida décadas atrás, parece ter sido pensada para o futuro, precisamente para o ano de 2024, e para a cidade de Milagres, no sul do Ceará: “a política é dinâmica!”.
Na manhã de terça-feira, dia 16 de julho do ano em questão, a população do município foi surpreendida com a informação de que o Partido dos Trabalhadores (PT) agora integra a oposição. Ora, mas qual a surpresa, já que a política é dinâmica? É que o partido é governo no município, mas formalmente passa a apoiar o pré-candidato a prefeito da oposição.
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Desta forma, o partido abre mão de manter-se à frente da política local, tendo pré-candidato à prefeito, para assumir a postura de pré-candidatura a vice-prefeito.
Historicamente, o PT sempre combateu o grupo político que hoje compõe a oposição em Milagres, liderado atualmente pelo ex-prefeito Hellosman Sampaio e pelo pré-candidato a prefeito, Abraão Sampaio.
O PT, inclusive apresentou um projeto de governo diferenciado em 2012, tendo Cícero Figueiredo e Lielson Landim como candidatos contra o ex-prefeito Hellosman. Foi um momento áureo do partido em Milagres, alcançando centenas de filiados por conta daquela campanha.
Em 2016, tendo como carro-chefe a expressão ‘mudança’, Lielson Landim foi eleito prefeito pelo PDT, mas com amplo apoio do PT, derrotando o então candidato apresentado pelo ex-prefeito Hellosman que era governo na ocasião.
Quatro anos mais tarde, o partido alcança seu apogeu, elegendo Cícero Figueiredo como prefeito do município. Como uma administração recheada de realizações coletivas, estranhamente o partido resolveu tomar outro rumo político no município, passando a ser oposição e compondo a chapa a ser apresentada em convenção, mas como vice-prefeito.
Sem entender as razões da mudança radical de postura do PT, a população aguarda os próximos capítulos da novela para conhecer o cenário político a se desenhar no município.