Facção, com integrante em Milagres, controlava disciplina de criminosos em grupo de WhatsApp, aponta MP

Reprodução/MPCE

Um grupo de WhatsApp da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) possuía, além de criminosos de São Paulo, pessoas de 11 municípios cearenses, responsáveis por observar questões de disciplina da organização criminosa, principalmente na região do Cariri. As informações estão em uma denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O documento, com 95 páginas, detalha a participação de cada integrante.

Conforme o documento, entre os participantes do grupo de WhatsApp estavam pessoas residentes nos municípios cearenses de Missão Velha, Tauá, Boa Viagem, Acopiara, Crato, Mombaça, Juazeiro do Norte, Independência, Milagres, Aurora e Fortaleza.

A investigação teve início em 2023 com a apreensão do aparelho celular de João Felipe Bezerra Martins, alvo de um mandado de busca e apreensão. No aparelho foi encontrado um grupo de WhatsApp do PCC com atuação em Juazeiro do Norte. As investigações também apontaram envolvimento de Breno Dantas Soares, conhecido como "Capetinha". O MPCE pediu pela prisão de ambos. 

Além dos dois, outras 26 pessoas faziam parte do grupo, que era denominado Coluna Regional Sul. As conversas faziam referências aos integrantes do grupo criminoso na região do Cariri, com assuntos relacionados ao estatuto do PCC, livro de "caixinha", que é a contribuição mensal, hierarquias denominadas STF (Sintonia Final) e STG (Sintonia Geral). 

O MPCE aponta na denúncia que é evidente a integração dos participantes na facção, uma vez que se apresentavam pelo vulgo e a respectiva "quebrada de atuação" (área de atuação), além de hierarquia de disciplina. Diante da situação foi instaurado um inquérito para apurar a instalação do PCC no Cariri, com o cometimento de crimes de organização criminosa, tráfico de narcóticos, crimes do estatuto do desarmamento e homicídios. 

Com informações do jornal OPOVO

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