MPCE deflagra operação em Nova Olinda e prende ex-secretário por indícios de 'rachadinha'

Foto: Reprodução/MPCE

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrou, nesta terça-feira (17), uma operação em Nova Olinda, por conta de indícios da prática de “rachadinha” na Secretaria de Cultura do Município. De acordo com o órgão estadual, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na sede da pasta municipal, em casas de servidores e na residência do ex-secretário Willyan Fagner Alves de Matos, o “Willyan Luxo”. 

Conforme o MPCE, o ex-titular da secretaria foi preso preventivamente. Os funcionários públicos são suspeitos de terem destinado parte da remuneração ao ex-agente público. A ação, batizada de “Secretaria de luxo”, contou com o apoio da Polícia Civil.

Ao que informou o órgão, investigações apontam que, “entre os anos de 2021 e 2024, alguns servidores da Secretaria de Cultura receberam uma gratificação de desempenho sem que houvesse alteração das condições de trabalho nem aumento da carga horária que justificasse a implementação”. 

A gratificação teria aumentado gradativamente, até chegar ao patamar de R$ 1.383,00. Tal patamar, pelo que disse o MP, representava mais que o dobro da remuneração dos beneficiados. O valor, ou parte dele, seria repassado para o ex-secretário ou para pessoas indicadas por ele por meio de transferência bancária ou em espécie.

Após pedido do MPCE, a Justiça autorizou o bloqueio das contas de Willyan, além da quebra do sigilo bancário e dos dados dos aparelhos celulares, computadores e outras mídias apreendidos na operação.

O que disse a defesa
Também por meio de nota, a defesa de Wyllian indicou que foi pega de surpresa pela decisão que determinou sua prisão. “Em nossa compreensão, não existem fatos que justifiquem tal medida extrema, inclusive porque o Sr. William já se encontra afastado das funções de secretário de Cultura, não exercendo qualquer cargo atualmente na administração de Nova Olinda”, argumentou. 

De acordo com a defesa, o ex-gestor “sempre se mostrou colaborativo com as investigações” e que, por isso, a prisão cautelar seria injusta. “Contra essa decisão, adotaremos as medidas judiciais adequadas”, frisou no comunicado, que ainda declarou que jamais existiu esquema de “rachadinha” na pasta administrada pelo acusado. 

Com informações do Diário do Nordeste

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem