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O mês de novembro terminou com o registro de três mulheres assassinadas na região do Cariri após um mês de outubro com duas. Dessa forma, houve acréscimo de 50% em relação ao número de assassinatos contra pessoas do sexo feminino na comparação entre os últimos dois meses. Durante o ano foi uma em fevereiro, duas em março, cinco em abril, cinco em maio, quatro em junho, uma no mês de julho, outra em setembro, duas em outubro e três no mês passado.
Com três mulheres mortas no 11º mês deste ano, representa acréscimo de 200% já que, em novembro de 2023 apenas uma foi assassinada. Nos primeiros onze meses do ano são 24 mulheres assassinadas em 11 municípios ou seis a mais (aumento de 33%) em relação a idêntico período do ano passado que teve 18. Juazeiro desponta com participação de 29% já que sete mulheres foram mortas no município, além de Crato e Nova Olinda (com 03 cada), Barbalha, Altaneira e Campos Sales (02 cada) e as demais em Antonina do Norte, Brejo Santo, Salitre, Lavras da Mangabeira e Mauriti.
No dia 2 de novembro Francisca Neuma de Sousa, de 52 anos, que residia na Rua Ozana Pereira (Romeirão) em Juazeiro, teve o corpo encontrado em casa enrolado numa rede e apresentando perfurações à faca no pescoço. À noite vizinhos ouviram gritos e foram lá, sendo recebidos pelo esposo dela Cícero Barros da Silva, de 49 anos. Ele disse que estava tudo bem e ela dormindo. No dia seguinte houve o achado e ele preso depois após espancamentos por populares na Feirinha da Troca no bairro João Cabral.
Já no dia 10 Alda Maria da Silva, de 55 anos, que residia na Rua 5 do bairro Bela Vista em Mauriti, foi morta a facadas no peito esquerdo no quintal de casa pelo companheiro e mototaxista Geraldo Vicente Soares, de 51 anos, o “Gente Boa” ou “Geraldo Dedinho” que respondia por exercício ilegal da profissão, crime de trânsito e foi preso em flagrante por militares do RAIO
Finalmente no dia 24, Ana Jaqueline Pires da Silva, de 25 anos, que residia no Sítio Tocalha em Nova Olinda, foi morta a tiros em casa por dois homens encapuzados que fugiram numa moto. O crime teria relações com as agressões contra a mãe dela Alzenir Jacinto, de 50 anos, espancada em casa, no Bairro Terreiro Duro, por dois homens e socorrida com fraturas. Uma filha reconheceu um agressor menor e o denunciou, sendo apreendido, mas terminaram matando a filha que não foi a denunciante.
Com informações da Agência Miséria
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