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O prefeito reeleito de Santa Quitéria, José Braga Barroso (PSB) – conhecido como Braguinha – seguirá preso preventivamente por suspeita de envolvimento com integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), durante a campanha eleitoral de 2024. Foi o que decidiu o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), na tarde desta quinta-feira (2), em audiência de custódia.
O político foi preso durante uma operação da Polícia Civil e da Polícia Federal, nessa quarta-feira (1º), momentos antes da cerimônia de posse que marcaria o início do seu novo mandato.
A ação motivou, ainda, a detenção da candidata a vereadora de Santa Quitéria, Kylvia Maria de Lima Oliveira (PP), que ficou na suplência após o pleito do ano passado. Segundo o TRE-CE, ela teria o “papel de articuladora” junto à organização criminosa e também seguirá presa.
Em nota, o órgão ressaltou que, embora não tenha sido pedida a prisão do vice-prefeito eleito, Gardel Padeiro (PP), foi solicitado que ele seja impedido de assumir o cargo.
Na última terça-feira (31), a Justiça determinou a prisão de oito pessoas, ações de busca e apreensão, além do afastamento de investigados, como desdobramentos da apuração da PF e da Polícia Civil acerca de diversos crimes na disputa eleitoral de Santa Quitéria, como participação em organização criminosa armada e lavagem de dinheiro.
Conforme o TRE-CE, as medidas foram deferidas pela presidência do órgão, que avaliou a existência de “provas e fortes indícios de crimes” ocorridos durante as eleições de 2024 no município. As acusações incluem:
ameaças diretas a eleitores;
pichações ameaçadoras;
cancelamento de comícios e eventos de campanha;
expulsão de opositores do prefeito reeleito;
outras intimidações com fins eleitorais, como represálias violentas contra quem não apoiasse os candidatos do grupo.
“A decisão judicial destaca que os crimes eleitorais foram acompanhados de graves violações à ordem pública, exigindo medidas rigorosas para garantir a investigação e preservar a integridade do processo eleitoral”, destacou o TRE, em nota sobre a manutenção das prisões.
A investigação aponta, ainda, que servidores da prefeitura teriam entregue um veículo de luxo ao traficante Anastácio Paiva Pereira, conhecido como Doze ou Paizão, apontado como chefe do CV na região.
Com informações do Diário do Nordeste
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