Foto: Ilustrativa/Flávio Leite Queirós |
A cidade de Milagres enfrentou um janeiro atípico em termos de volume de chuvas. De acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o município registrou 287 milímetros de precipitação no primeiro mês do ano, número que supera em 98% a média histórica para o período, que é de 144,9 milímetros. Em comparação com o mesmo mês de 2024, quando choveu 278,6 milímetros (desvio positivo de 92,2%), o volume deste ano também foi superior, reforçando a tendência de chuvas acima do esperado na região.
Janeiro marca o início da pré-estação chuvosa no Ceará, período que antecede a quadra chuvosa, concentrada entre fevereiro e maio. Apesar do alto volume registrado no mês passado, os primeiros dias de fevereiro não tiveram registro de chuvas em Milagres, o que pode mudar a partir da quarta-feira, dia 5. Segundo previsões do Instituto Climatempo, há possibilidade de chuva durante o dia e a noite na quarta-feira, com intensificação para um temporal na quinta e sexta-feira. O final de semana também deve ser marcado por precipitações.
Impactos e expectativas
O desvio positivo de quase 100% nas chuvas de janeiro pode trazer impactos tanto positivos quanto negativos para a região. Por um lado, o volume expressivo contribui para a recarga dos reservatórios e açudes, essenciais para o abastecimento humano e a agricultura. Por outro, chuvas intensas e concentradas podem causar transtornos como alagamentos, especialmente em áreas mais vulneráveis.
Com a quadra chuvosa se aproximando, os olhos se voltam para o comportamento do clima nos próximos meses, que será decisivo para o cenário hídrico do estado em 2025. Enquanto isso, Milagres e outras cidades cearenses se preparam para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que as chuvas podem trazer.
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