Ceará volta a receber águas da Transposição do São Francisco através do Açude Atalho

Foto: Divulgação/Cogerh

As águas da Transposição do Rio São Francisco voltaram a entrar no Ceará em 2025, desde o dia 9 deste mês. Mas, diferentemente do movimento feito em 2024, por exemplo, quando elas, ao entrarem via barragem de Jati, no Cariri cearense, seguiam para o Açude Castanhão - maior do Estado - podendo chegar até Fortaleza, agora estão seguindo outro rumo. 

Quando entram por Jati, as águas do São Francisco circulam pelo Cinturão das Águas (CAC) para desaguar no Castanhão. Mas, na atual liberação, os recursos do São Francisco estão entrando pelo Açude Atalho (percurso do Eixo Norte que segue para a Paraíba) e permanecem no Cariri cearense abastecendo a região. Isso porque, ao menos por ora, não há demanda de entrada de água para o ‘outro lado’, que é rumo ao Castanhão. 

A opção feita pelo Governo do Estado pelo direcionamento das águas às cidades do Cariri via a entrada por Brejo Santo ocorreu, nesse momento, porque na quadra chuvosa, iniciada em fevereiro, a região tem recebido menos precipitações  do que esperado, fazendo com que o acúmulo de água nos reservatórios esteja aquém das demandas. 

A liberação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), segundo informou o diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Tércio Dantas Tavares, foi de 600 litros por segundo. 

A liberação, explica ele, é para garantir que as águas do Cariri cheguem ao Açude Castanhão “da forma que deveriam chegar”, além de garantir o abastecimento dos agricultores do próprio Cariri neste momento. Para garantir esse equilíbrio, a opção, no momento, é garantir o provimento com as águas advindas da transposição. 

A avaliação sobre até quando as águas da transposição seguirão entrando no Ceará é diária, explica Tércio. “Quando as chuvas melhorarem naquela região, rapidamente a gente pede para interromper a adução dessa água que é também importante para os outros estados. Mas a gente fica aguardando as águas melhorarem”, completa. 

Com informações do Diário do Nordeste

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